VAMOS MUDAR A FORMA DE FAZER?

Muito já se falou e muito ainda será dito sobre este momento de grandes transformações que afetam o mundo e a humanidade. O Mundo VUCA – acrônimo que descreve as quatro características marcantes da era atual: Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade -, entre outras denominações, procura descrever este singular momento em que estamos tendo oportunidades e desafios em todos os aspectos da ciência, artes e espiritualidade, enfim tudo que se relaciona ao que chamamos vida.

Dizem alguns que nos momentos atuais até o passado parece incerto, pois as pesquisas até mostram que muitas histórias como conhecíamos mais parecem estórias, apesar de termos sido educados aceitando-as como sendo verdades verdadeiras. É preciso ter a mente aberta para perceber que algo que entendemos como sendo verdade, pode ser uma inverdade, ou seja, uma inverdade não é necessariamente uma mentira, mas uma verdade incompleta e, quando se apresenta uma verdade mais evidente, ela substitui a “antiga”… uma analogia à “quebra” de paradigmas.

Os ambientes virtuais interconectados facilitam o aflorar de ideias de todos os matizes, desde as mais antigas cunhadas pelos grandes pensadores da humanidade às mais alvissareiras inovadoras e até disruptivas, temperando o caldeirão das informações que nos alimentam. A tecnologia da informação tem proporcionado a utilização de quantidade quase infinita de ferramentas – hardwares e softwares – que estão à nossa disposição para extrairmos o que há de melhor no que se referem a dados, informações e intercâmbio de experiências, seja no âmbito pessoal, profissional, corporativo e da convivência em sociedade.

No mundo dos negócios, a nova geração humana está cada vez mais orientada pela paixão e pelo propósito e precisa encontrar eco na razão de existir das organizações, sua missão, visão e valores, com destaque para os relacionados ao socioambiental. As práticas precisam corresponder aos statements, de verdade. A retenção de talentos, principalmente os mais jovens e bem instruídos, também está mais abrangente e complexa. O Marketing de Causa é uma resposta inovadora a esta nova realidade, com foco no Compromisso, Responsabilidade e Transparência das organizações, de forma sinérgica ao ESG (social ambiental e governança).

Nesse contexto, as organizações empresariais já existentes precisam se adaptar e as que forem criadas já precisam nascer com bagagem adaptativa suficiente para vencer. É necessário distinguir a diferença entre futuro das organizações e as organizações do futuro. Agir no sentido de se adaptar de forma colaborativa, inovadora e com resultados que realmente agregam valor para a sociedade como um todo, não se restringindo a atender os interesses dos shareholders (acionistas), mas contemplando todos os seus stakeholders (públicos de interesse), atendendo às demandas do menor ao maior, do mais simples ao mais complexo e difícil de servir. A máxima criada há exatos 50 anos por Milton Friedmann “A maior responsabilidade social das empresas é maximizar lucro para os acionistas” precisa ser reavaliada e substituída por outro pensamento que traga conexão com o momento atual e futuro, do mundo e da humanidade.

E, por falar de futuro, devemos ter em mente que causas pregressas provocaram efeitos e estes, por sua vez, se tornam causas no presente, fato este que explica a necessidade de as organizações reverem de forma frequente seus planos para o futuro. Em minhas atividades de aconselhamento e consultoria, destaco duas jornadas de atuação que tem direta relação com o presente e futuro das organizações: Planejamento Estratégico e Gestão de Cadeias de Suprimento (Supply Chain Mangement). Como suporte a estes trabalhos, desenvolvemos uma metodologia denominada pelo acrônimo DNA – Dinâmica Neuro Adaptativa. Esta metodologia tem contribuído para facilitar o “alinhamento de mentes e corações” das equipes participantes. Como resultado, estas jornadas têm proporcionado a diferenciação estratégica, o engajamento dos times, melhoria das relações entre clientes e fornecedores, trabalho conjunto para eliminação de desperdícios, melhoria da competitividade, reconhecimento de esforços, etc. e, consequentemente, para a transformação das organizações, com ética, transparência e responsabilidade socioambiental.

Artigo escrito por:

Nyssio Ferreira Luz

Engenheiro Mecânico – UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

Especialista em Planejamento e Gestão – UFU – Univerdidade Federal de Uberlândia

Mestre em Logística de Transportes – UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina

Conselheiro Empresarial – FDC.

Membro do CSCMP – Council of Supply Chain Management Professionals – USA;

Membro do GIE – Grupo de Intercâmbio Empresarial – Belo Horizonte – MG;

Membro da Comissão Técnica de Transportes da SME – Sociedade Mineira de Engenheiros

Membro da Câmara de Infraestrutura – FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais;

Experiência como executivo em empresas como VALEP, PETROFÉRTIL e Martins Atacadista Distribuidor

Consultor e diretor do IBRALOG – Instituto Brasileiro de Logística.

Twitter: @NyssioL

By | 2020-09-22T22:06:00+00:00 setembro 22nd, 2020|Gestão, Inovação, Logística|